Um conto da máfia - Capítulo 2

Capítulo 1 

Não se pode dizer que a cidade de Chicago era muito segura, pois até mesmo a polícia era paga por Guido para não se “intrometer em seus assuntos”. E isso favoreceu o desenvolvimento da recém-instaurada Snooker, que por meio de propina, suborno e outras atividades à margem da lei conseguiram erguer uma casa destacável, até mesmo para o grande Guido.

Tudo estava bem, até o dia em que os Snookers tentaram atravessar os negócios de Guido instaurados com muito suor (não que os snookers não tivessem suado para instaurar seu império, mas Guido amava aquela cidade, amava seus negócios, tinha um caso especial com o crime, e qualquer um que tentasse pôr um ponto final, não teria um final feliz).

Guido realmente não estava feliz com a ascensão daquele “garoto”, como o próprio chamava Milano, o dono do Snookers, e diante disso ele foi ter uma conversa com Milano. Eles combinaram de se encontrar em uma rua deserta Às 21h15mindaquela noite de terça-feira.

21h15min em ponto, ambos os chefes da máfia estavam no local combinado:

-Olá Milano.

-Alô Guido.

-Me parece que você quer ter uma representatividade maior na cidade hein? Mas Chicago é minha, e se você pensa que vai tomá-la de mim, está muito enganado.

Nesse momento, um dos capangas de Milano é atingido por uma rajada de tiros vinda de um sniper de Guido, forçando Milano a entrar em seu veículo e sair de lá Às pressas.

-Agora ele deve ter aprendido a lição! – Diz Guido, logo após soltando uma risada maléfica, que faz estremecer todo o quarteirão de medo.

No seu lar, Milano pensava. Ele realmente havia aprendido uma lição, ou melhor, duas lições. A primeira é a de na máfia não existe misericórdia, tampouco compaixão, existem apenas os vivos e os mortos. Aprendeu também que no negócio no qual ele havia se metido, o vencedor é aquele que tiver menos escrúpulos, pois escrúpulos é coisa de fracos.

Guido achou que realmente havia dado uma lição em Milano, pois não se via mais movimentação na casa dos Snookers. Estes que estavam sempre de casas abertas, de onde entravam e saíam dezenas de pessoas por dia, estavam de portas fechadas. E Guido falava com seus parceiros:

-Olá homens, os negócios voltaram para nossas mãos. O concorrentezinho foi eliminado, e nós vencemos mais uma. Festejemos!

E tomavam um dos vinhos mais caros da adega da Pyramid, para festa que foi a derrota da “ganguezinha”, como eles próprios se referiam aos Snookers.

Continua...

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